28 de abr. de 2010

Aventurar-se

A praia estava deserta aquele horário. Via as ondas baterem na areia com força, o barulho forte e sua velocidade deslumbrando-os. Quando Jéssica ligara para John às três horas da manhã, ele a havia chamado de louca, sem noção e inúmeras outras palavras, mas concordava que precisavam se aventurar, viver um pouco de emoção. Agora, às cinco e meia da manhã com o sol nascendo percebia que ela estava certa. Era magnifico! Era mágico! Sentados na areia, sozinhos, abraçados e com as mãos entrelaçadas vendo o sol surgir no meio das ondas a felicidade os reinava. Era uma hora de carro de São Paulo a Santos, no caminho inteiro ouviram músicas altas e animadas. Vendo o nascer do sol, nas suas cabeças tocavam uma música calma. Ficaram ali sem dizer nada durante um tempo, não havia necessidade. Tudo parecia se completar, fazer sentido. Alguns senhores iam passear com seus cachorros, algumas crianças apareciam querendo brincar e eles se levantaram. O estômago roncava. Acabara de abrir uma padaria e ambos caminhavam até ela imaginando um delicioso café com muito açúcar e um pão francês com manteiga. Depois voltaram para São Paulo e sem pensar se jogaram na cama e fizeram amor como nunca fizeram antes. Comemoravam um ano de namoro e tudo estava magicamente perfeito. Nada tinha que mudar.

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