30 de mai. de 2010

I Never Told You - Colbie Caillat

Sinto falta daqueles olhos azuis. De como você me beija à noite. Sinto falta de como nós dormimos.



É como se não houvesse nascer do sol. Como o gosto do seu sorriso. Sinto falta do jeito que respiramos.



Mas eu nunca te disse o que eu deveria ter dito. Não, eu nunca te disse. Eu me segurei.




E agora. Eu sinto saudade de tudo em você. Não acredito que eu ainda te quero
depois de tudo que nós passamos. Sinto falta de tudo em você. Sem você.



Eu vejo seus olhos azuis toda vez que eu fecho os meus. Você torna isso difícil de ver. Onde eu pertenço. Quando não estou à sua volta é como se eu estivesse sozinha comigo.



Mas eu nunca te disse. O que eu deveria ter dito. Não, eu nunca te disse. Eu me segurei.



E agora. Eu sinto saudade de tudo em você (Mesmo que você se vá). Não acredito que eu ainda te quero (E te amando, eu nunca devia ter ido embora). Depois de tudo que nós passamos (Eu sei que não devia ter partido). Sinto falta de tudo em você. Sem você.



Mas eu nunca te disse. O que eu deveria ter dito. Não, eu nunca te disse. Eu me segurei.



E agora. Eu sinto saudade de tudo em você (Mesmo que você se vá). Não acredito que eu ainda te quero (E te amando, eu nunca devia ter ido embora). Depois de tudo que nós passamos (Eu sei que não devia ter partido). Sinto falta de tudo em você. Sem você.

24 de mai. de 2010

Bonecas Assassinas


Lembrava-se, de repente, de quando era criança. Nunca fora uma criança normal, também não havia como. Sua irmã aos três anos já a colocava para ver filmes do Chuck, o boneco assassino. Outro dia encontrou uma amiga de infância da sua irmã e riu-se ao contar que um dia ao chegar na casa da amiga viu a criança magrinha, de cabelos negros e branca como um papel novo arrancando a cabeça de uma boneca. Perguntou-a por que essa atitude e a criança respondeu"boneca assassina, boneca assassina". Respondam-me: Como essa pessoa poderia ser normal? Essa menina nunca gostara de boneca. Não havia amigas, afinal no seu prédio só haviam meninos e estes brincavam de carrinho, bicicleta e de patinete. Não teve influências femininas, apesar de sua mãe ser completamente vaidosa. Demorou para se interessar por qualquer garoto, sua família pensara que fosse lésbica. Mas não era. Apenas via o mundo de uma maneira diferente. Não achava divertido ficar horas se arrumando para ir a escola, preferia dormir mais meia hora do que a isso. Não era "relaxada" também. Gostava de combinar as roupas e os sapatos, até se interessava por vestidos e saltos altos. Somente maquiagem que não fora seu forte. Como é possível uma garota ter nojo de maquiagem? Talvez seja uma forma de se rebelar contra o mundo. Aos 14 anos percebeu-se não gostar de meninos da sua idade. Mais tarde, se imaginava com homens mais velhos, maduros, com profissões interessantes, intelectuais e artistas. Se imaginava no futuro, como uma linda mulher, bem sucedida e com vários homens babando por ela. Mesmo agora, não era normal. Tinha teorias estranhas sobre o mundo, via tudo de uma forma diferente e questionava demais. Como ela será daqui a uns anos?

17 de mai. de 2010

Apenas um adeus


Estava a duas cadeiras de distância. Não fazia grandes coisas, apenas escrevia qualquer besteira em um caderno. Não me notara, nem tinha como. Meu corpo não estava ali, só minha alma. Ele estava ali perto, mas parecia duas vidas nos separando. Queria tocar seus cabelos, mas nem um dedo meu se movia. De repente, ele sorrira. Sorrira ao ler algo em seu caderno. Perdi o fôlego e não conseguia mais concentrar-me no que tentava pensar. Meus olhos se perderam em seu sorriso. Imaginava poder tirar-lhe um sorriso. Um, somente, para mim. Um que eu pudesse guardar e levar a qualquer lugar. E quando precisasse, eu somente abriria uma caixa, uma sacola ou simplesmente tiraria do bolso. Mas tudo estava distante. Minha imaginação não poderia virar realidade. Afinal, na nossa mente tudo é mais belo e o real é sempre absurdo. Eu não conseguia mover um pé dali, nem uma unha sequer. Meus lábios não se abriam para chamá-lo. Ele não podia me ouvir. Levantei da cadeira e sem entender fui até ele. Queria senti-lo. Eu já o senti uma vez. Toquei seu rosto, ele não sentiu. Dei todo meu carinho a esse toque. Senti uma lágrima escorrer, mas não era a minha. Era a dele. Suas lágrimas desciam pelo seu rosto e eu tentava desesperadamente limpá-las, mas não conseguia. Abracei-o com força para acalmá-lo, mas para a minha surpresa ele chorava ainda mais. Ouvi apenas um suspiro dizendo "eu te amo" e foi quando percebi que ele sentia, não via, mas me sentia. Seu coração sabia da minha presença e precisava que eu fosse embora, que me despedisse. Isso era difícil. Fazia apenas um ano que fui-me dali. Um ano do terrível acidente que tirara a minha vida. Dou-lhe meu sorriso e acaricio seu rosto novamente. Não chorava mais. Estávamos em paz. Sussurrei em seus ouvidos o quanto o amava e desejava a vida mais feliz possível, mas que em breve nos encontraremos. Afastei-me e em segundos já estava longe dali. Sem a mim ele não sofria mais. Havia apenas a saudade e o amor. Ambos sabíamos que todo nosso caminho não havia terminado.

3 de mai. de 2010

Do nada

Um sorriso surgindo do nada, um olhar sincero no meio de uma tempestade. Uma confiança sobrenatural aparecendo entre duas pessoas que não se conheciam. Um amor subentendido, um coração inteiro. Os olhares, os sorrisos e a confiança se trocaram. O passado não importava, o caminho que percorreram até ali não existia. Só havia os dois no meio de uma multidão. Não precisavam de mais ninguém. A multidão e a tempestade pararam. Ou somente parecia, mas ambas estavam ali. Primeiro, as mãos se tocaram, os dedos se entrelaçaram, depois a boca, os lábios, a língua. Uma das mãos subia pelo braço, parando-a no ombro ao mesmo tempo que a outra surgia em volta de sua cintura. A cada mordida que davam em um dos lábios, o coração parava, voando dali para longe e retornando em segundos. De repente, os dedos estavam nos botões de sua blusa, abrindo lentamente e revelando cada pedacinho de sua pele. Ao terminar com eles, tirou a blusa delicadamente acariciando suavemente cada parte que passava. Sua boca foi descendo, deixando úmido toda a parte. Beijou seu pescoço, seu ombro e enfim, os seios, descendo pela barriga até o umbigo. Foi então que percebeu que a multidão fora embora e que não havia mais ruas, gritos e nem tempestade. Estava agora, na sua cama com ele em cima, beijando-a, acariciando-a, possuindo-a. Levantou num pulo, acordando de um sonho. Ainda estava excitada e perdera o sono. De manhã só conseguia pensar nele, na vontade que sentira e no coração acelerado. Mal entendia ela, que aquilo iria acontecer mais rápido do que podia imaginar.