7 de mar. de 2011

Onde está o amor?

O que é o amor?
Vários filósofos e pensadores ao longo dos séculos tentaram definir o que seria esse sentimento que até as pessoas mais ruins podem sentir. No entanto, achá-lo é mais difícil do que encontrar qualquer definição. Onde está? Não digo, que parte do corpo humano é responsável por tal, mas sim, o que faz esse pequeno sentimento acender como uma chama ardente subindo pelo corpo. O que nos atrai para ter esse sentimento? E como não confundi-lo com outras sensações?
São questões que dificilmente serão respondidas. E há respostas para tais? O poeta português Luiz Vaz de Camões diz que o amor é contraditório "Mas como causar pode seu favor; Nos corações humanos amizade; Se tão contrário a si é o mesmo Amor?", não há sentimento tão ambíguo quanto amar. "Amor um mal, que mata e não se vê; Que dias há que n'alma me tem posto; um não sei quê, que nasce não sei onde,; vem não sei como,; e dói não sei porquê."
Seria tão confuso assim? Ou nós que complicamos o que poderia ser simples? Questionamos algo que não deveríamos questionar? Um ditado popular diz "Amor é pra sentir, não para entender". O ser humano tem essa necessidade de entender aquilo a nossa volta. Entender coisas concretas é mais fácil que entender o abstrato. Entender todos os sentimentos é complexo, mas para entender temos que sentir, vivenciar. Amar só pode ser definido quando soubermos diferenciar o amor de outras sensações facilmente confusas como posse, paixão, carinho, respeito. No fim, misturamos tudo e simplificamos com apenas um sentimento "amor".
Concluímos então, que amor não é um sentimento. Mas a mistura de vários. Não podemos amar sem ter certos sentimentos. Como podemos amar alguém que não queremos o melhor? Como amar sem ter carinho, respeito, admiração? Amar sem querer estar junto?
Essas sensações podem ser causadas por diferentes maneiras. Isso depende do objeto analisado. Geralmente, a paixão é acesa pelo oposto ao nosso. Não podemos conviver com alguém com personalidade idêntica a nossa. Prótons e prótons não se misturam. Elétrons e elétrons também. Personalidade e personalidade iguais podemos usar a regra que semelhantes se repelem. Somos atraídos pelo diferente. Uma pessoa que adora discutir não vai conseguir conviver com alguém que adora também discutir. A relação vai ficar na discussão o tempo todo e desgasta. Duas pessoas que são passivas o tempo inteiro, vai ter um relacionamento monótono que vai chegar uma hora que o silêncio prevalecerá. Já uma pessoa que discute com uma passiva, vai haver um equilíbrio. O equilíbrio necessário.
O equilíbrio que mantém a Terra unida. Matéria e anti-matéria. Prótons e elétrons. Homem e Mulher. E é claro, que sempre há exceções. Iguais podem se atrair? É claro. Por que não? Não é tão comum, mas sempre tem que haver o nêutron. O nêutron que iguala os diferentes.

3 comentários:

  1. O amor é muitas vezes sim confundido com uma paixão. Porém, nem sempre o amor permanece, como deveria de ser. As vezes, um ciume possessivo fala mais alto e a vida de amor acaba em dor ;/

    http://futebol-emfoco.blogspot.com/

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  2. O amor está em querer amar...

    quando se quer algo.. procura-se.. quando procuramos acabamos por encontrar... ninguém disse que encontraremos na primeira tentativa... .

    Mas tentar e as vezes "quebrar a cara" FAZ parte de aprender o que é o amor.

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  3. vc escreve bem e tem o dom da eloquencia e da boa argumentação,mas quanto ao assunto retratado, a coisa não é tão dualista como vc colocou não

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